Comunicação Convergente Multiplataforma
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Comunicação Convergente Multiplataforma

Comunicação Convergente Multiplataforma

“As velhas mídias não morreram, nossa relação com elas é que morreu”.

Henry Jenkins, autor de Cultura da convergência, 2009

O termo Comunicação Convergente é resultado das inúmeras metamorfoses do jornalismo contemporâneo desde a chegada da internet, em meados de 1960.

Vamos voltar um pouco na história… Era o auge da Guerra Fria e as informações precisavam circular. Os Estados Unidos queriam garantir que a comunicação entre militares e cientistas continuasse sem ruídos mesmo em caso de bombardeio. Só havia uma maneira. As notícias precisariam ser publicadas em múltiplas plataformas. Temendo tornar-se vulnerável, os EUA idealizaram um modelo de troca e compartilhamento de informações a fim de descentralizar as notícias interligando as bases militares e os departamentos de pesquisa do governo americano. Nascia a Arpanet – Advanced Research and Projects Agency – Agência de Pesquisas em Projetos Avançados desenvolvida pela agência Americana ARPA. Pode-se dizer que a Arpanet é a “mãe” da internet que conhecemos hoje. (Wikipedia)

No Brasil, os primeiros sinais da grande rede surgiram somente 35 anos depois, em 1995, para ligar universidades brasileiras às instituições americanas. Não demorou muito para que as organizações jornalísticas começassem a investir em novos formatos de linguagens para a web e, mais recentemente, para os dispositivos móveis como tablets e smartphones.

Nos dias atuais, todos nós somos consumidores e produtores de comunicação multiplataforma; um mecanismo que une todas as mídias em vários equipamentos diferentes com o objetivo de conseguir o máximo de visibilidade.

Estamos em plena Era da Convergência da Comunicação! As pessoas não consomem mais informação como antigamente quando assistiam televisão, ouviam rádio ou liam uma publicação impressa, isoladamente. Não faziam tudo ao mesmo tempo, junto e misturado, como fazemos hoje. Assistem televisão conversando com os amigos no Facebook, no WhatsApp, Twitter… Trabalham no computador ouvindo músicas no Youtube com multiplas janelas abertas ao mesmo tempo.

De acordo com os conceitos de Henry Jenkins (foto), um dos pesquisadores da mídia mais influentes da atualidade que esteve à frente do programa de Estudos de Mídia Comparada do MIT; na Cultura da Convergência, as novas mídias e as tradicionais se misturam. A corporativa e a alternativa se cruzam e o poder do produtor e do consumidor interagem de maneiras imprevisíveis. O público ganhou espaço com as novas tecnologias e vem ocupando um lugar privilegiado na intersecção entre velhos e novos meios de comunicação, exigindo o direito de participar intimamente da construção da cultura!

Mergulhamos na Cultura da Convergência! Mas nem tudo mudou. O foco continua sendo o que estamos contando, mas a forma como contamos é que mudou totalmente. Com a overdose na oferta de conteúdos, as histórias precisam, além de oferecer a possibilidade de veiculação em vários formatos de mídias – comunicação multiplataforma -, ser muito mais interessantes para ganhar o leitor.

A democratização da informação

Após a popularização da rede mundial de informações, qualquer pessoa pode produzir conteúdo e disseminar na rede. Está acontecendo uma transformação sem precedentes no formato de circulação da informação. Sem dúvida alguma, uma mudança sem volta.

Com o surgimento da internet usuários dividem espaço com as empresas jornalísticas que não são mais donas das notícias. As mídias tradicionais precisaram se adaptar e investir em tecnologia a fim de manter e atrair mais audiência. É neste cenário que surge o jornalismo convergente envolvendo transformações tecnológicas, empresariais, profissionais, de linguagem, de conteúdo e culturais integrando diferentes mídias em um mesmo ambiente. A web transformou para sempre as práticas de divulgação da informação.

Ao assumirmos a “permissão” de nos tornarmos produtores e divulgadores de informações somos coadjuvantes na transformação da comunicação. Existe o lado bom que é a democratização da informação e a quebra da hegemonia dos grandes e tradicionais veículos midiáticos. Mas existe um lado inquietante sobre qualidade e fidedignidade da produção e veiculação dos conteúdos. Fica a pergunta:

Será que já estamos maduros para tanta responsabilidade?

Crédito da imagem: Henry Jenkins_Smithsonian American Art Museum (SAAM)

* Este artigo faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso de pós-graduação em Gestão da Comunicação em Mídias Digitais: Omni Channel no Brasil – Por uma integração completa dos canais de compra para atender igualmente o consumidor em todas as plataformas e foi publicado no site de Marketing Digital Superstorm, em 26/10.

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